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Olha o geladinho!!

qui, 04/02/2016 - 10:53 -- Leila Pinho
Categoria: 
Créditos: 
Alle Tavares
venda de geladinho na praia dos cavaleiros macaé

Se no Rio de Janeiro os biscoitos Globo são quase uma pedida obrigatória nas praias, em Macaé, quem faz sucesso nas areias é o geladinho. Os frequentadores das praias macaenses sabem que basta ficar alguns minutos de frente para o mar para passar alguém gritando: “Olha o geladinho!”. Mania na cidade, o sacolé adoça a boca, custa pouco e ainda traz aquele frescor pra aliviar as altas temperaturas. Assim, fica difícil resistir a essa delícia.

geladinho em macaé

 

É só alguém levantar o braço que lá vai o Marcelo Santos de Oliveira, vendedor do Gelopa. Quando para em frente ao freguês e abre o isopor fica difícil gravar todos os sabores que ele traz na caixa. “Tem coco, açaí, chocolate, morango ao leite, mouse de maracujá, coco queimado, uva, biscoito, abacaxi...”, dispara Marcelo. Há 5 anos vendendo o doce, Marcelo já sabe os horários e dias que são melhores pra faturar. “Durante a semana, vende mais a tarde e no fim de semana é bem melhor”, conta.

 

vó e neto na praia dos cavaleiros

 

A auxiliar de biblioteca Elaine Gonçalves, de 42 anos, estava na Praia dos Cavaleiros nesta terça-feira (dia 2/2), curtindo o último dia de férias. Morando em Macaé há 23 anos, é habitual ir à praia e tomar o sacolé. “No Rio vejo que dá mais picolé mesmo e aqui em Macaé é só geladinho. Meu preferido é o de mouse de maracujá”, comenta.

 

Engana-se quem pensa que só as crianças gostam. Adultos e idosos também pedem. A aposentada Gláucia dos Santos, de 61 anos, costuma chupar até mais de um. “A gente gosta porque ele é cremoso e não mela. Hoje tem até embalagem bonita, personalizada. Antigamente era mais fininho e só tinha água”, recorda Gláucia. Para o neto dela, o sacolé faz parte da programação da praia. “Só não tem geladinho quando não tem dinheiro. Tomo um só porque minha avó não deixa mais”, diz Patrick Pereira de Oliveira, de 10 anos.

 

família tomando geladinho nos cavaleiros macaéAproveitando o restinho das férias, a estudante kemile dos Santos Rezende de Azevedo, de 19 anos, foi aos Cavaleiros com os primos e, claro, pediu um sacolé. Numa turma de seis pessoas, quatros estavam chupando o doce. “É bom o saborzinho com o gelo e não entorna e não mela. Gosto muito do de uva”, diz Kemile. O primo dela, Flávio Rezende de Azevedo Campos, 26 anos, também prefere os sabores de fruta. “É gostoso, é um jeito de se refrescar. Sempre vejo que tem muito vendedor de geladinho. Se eu não comprar pra minha filha, ela chora”, conta Flávio.

 

vendedor de geladinho da moda

 

Segundo o vendedor do Geladinho da Moda, Marcos Nei Porto, de 47 anos, os mais vendidos são o de coco, açaí, biscoito e pedacinho do céu que faz sucesso entre as crianças porque deixa a língua azul. Mas, tem outros tipos para paladares mais exóticos como cupuaçu, jaca, tapioca e kiwi. O estudante Wesley Almeida, de 11 anos, gosta mais do de coco e brigadeiro. Ele, o irmão Willian e o primo Gabriel já estão acostumados desde pequenos a tomar o geladinho. “Se tem praia, tem geladinho”, fala o macaense Gabriel de Almeida.

 

Didi, um dos mais antigos geladinhos de Macaé

 

Moadir Silva Vieira, mais conhecido como Seu Didi, vende geladinho em Macaé há 20 anos. “Eu e o Joca somos os mais antigos da cidade”, afirma Didi. Com uma simpatia contagiante, ele mostra todos os sabores que traz no isopor e impressiona pela energia e vigor aos 69 anos.

geladinho do didiA receita do Didi não é segredo e ele conta sem cerimônia. “Tem alguns que são feitos com água e o suco da fruta e outros levam leite e leite condensado. Eu e minha rainha (esposa) fazemos o geladinho e a minha filha também ajuda. Todo mundo gosta porque é produto bom, vou ter freguês para toda a vida”, fala Didi com sorriso largo no rosto.

 

Além das praias de Macaé, ele também vende os geladinhos em alguns colégios da cidade como Castelo, Exame e Cemac. Na porta das escolas, ele se transforma no Tio Didi e costuma ser muito procurado pelas crianças e adolescentes logo quando bate o sinal marcando o fim das aulas.

Comentários

Enviado por Bernardo Resende em
Boa noite. Ótima reportagem. Hoje em dia maceto a Sra. Kemile. Atenciosamente, Bernardo Rersende

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