Já há alguns anos, os cobogós se tornaram tendência nos projetos de decoração, com uso frequente nos ambientes internos das casas. Além de dividir espaços, eles funcionam como peças decorativas, ajudam a resolver problemas de circulação de ar e dão um charme a mais na luminosidade.
Segundo Marcelo Muquici, que atua em Macaé projetando ambientes, os cobogós estão sendo mais utilizados nos projetos. Ele pontua que desde 2014, as peças já estavam em alta nos projetos de arquitetura e decoração. “Ao mesmo tempo que vaza, protege. Os cobogós são uma barreira e conferem certa privacidade”, pontua Marcelo. Ele esclarece que na década de 1950, ápice dos cobogós, era comum utilizar as peças com intuito de vedar e fechar o ambiente. Logo, eles eram aplicados em substituição a uma janela, por exemplo. Hoje, o conceito mudou. A função é voltada para demarcar a divisão entre ambientes. Atualmente, são frequentemente usados na cozinha, área de lazer, na sala e, ainda em fachadas.
Foto: arquivo pessoal de Mariana Andrade
Em Macaé, dois projetos residenciais com aplicações diferentes de cobogós mostram como as peças têm papel marcante na decoração do ambiente. Um com aplicação na parte externa da casa e outro inserido no interior.
A fachada da casa da psicóloga Mariana Andrade Freitas, de 33 anos, seria totalmente diferente se não tivesse um grande painel de cobogós, de 3,5 m de largura por 5,5 de altura. O painel colocado entra a garagem e a casa, fazendo uma composição com o pergolado. “O custo foi alto, mas, eu e meu marido investimos na parte decorativa, no acabamento da casa. A casa seria outra sem o painel e nós consideramos que valeu muito a pena porque fez toda a diferença no resultado final da fachada”, fala Mariana.
Segundo explica Marcelo, os cobogós da casa de Mariana são de concreto com acabamento de resina. “Os desenhos trazem a ideia de uma folha e a iluminação por trás é o charme. Tem luzes de Led que iluminam o painel inteiro por trás. Quem vê de fora, tem a impressão que os desenhos acendem sozinhos”, fala.
Foto: divulgação Umami Tapas Bar
Já na residência da psicóloga Solange Vieira, de 36 anos, os cobogós estão dentro de casa, separando o ambiente do lavabo da sala. A parede de cobogós tem a função de dar mais privacidade a quem lava as mãos e mantém a luminosidade e ventilação do local. “Gosto dos cobogós pelo estilo retrô e acho que traz um ar mais alegre e diferente para a construção moderna. Sempre me encantei pelos elementos vazados”, fala Solange.
No Umami Tapas Bar localizado nos Cavaleiros, em Macaé, cobogós de louça esmaltada na cor vermelha foram utilizados para separar o banheiro do corredor onde fica o bar da casa. Segundo Marcelo Muquici, que planejou o ambiente, a ideia foi, além de demarcar os espaços, fazer uma conexão entra a cor da logomarca do estabelecimento com o tom dos cobogós.
Custo dos cobogós
Há cobogós de diversos tipos de materiais como vidro, louça esmaltada, madeira, porcelana, cerâmica, cimento, entre outros. O custo das peças também varia de acordo com o material. O proprietário da Portobello Shop de Macaé, Patrick Wolkoff, comercializa três linhas de cobogós: de concreto, argila e sintético e os valores das peças variam de R$ 34,90 a R$ 64,90. A linha Planalto Central, tem inspiração no modernismo de Brasília e tem variações de cores como amarelo, vermelho, preto, branco, entre outras.
Na parede de cobogós da casa de Solange, de 59 cm de largura e 86 cm de altura, foram gastos cerca de R$ 1.000 com custo de material. “É uma parede pequena, por isso não ficou tão caro. Acho que o custo benefício valeu a pena porque traz todo um diferencial para a casa”, opina Solange. Já no projeto do painel da fachada da casa foram gastos mais de R$ 25 mil. Além do custo do material, essas peças exigem mão de obra especializada para aplicação.
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