A vontade de fazer com que crianças e jovens se apaixonem por esportes é nítido no rosto do professor de Educação Física, Hiller Franco. Ele, juntamente com uma equipe composta por quatro professores, pedagogos e assistentes sociais da rede municipal de ensino de Macaé são responsáveis por um programa de atletismo que existe há mais de 8 anos na cidade, e funciona nas instalações do CIEP Municipalizado Maringá. Através desse esporte olímpico conhecido e apreciado no mundo inteiro, que Hiller tem feito a diferença na vida de muitos jovens.
Logo que começou, o projeto atendia 30 alunos, hoje são cerca de 80. Os treinos acontecem diariamente, sempre no contraturno das aulas, dividido em quatro categorias a partir dos 11 anos de idade. São várias as modalidades: corrida com barreiras, saltos em distância, corrida com velocidades, arremesso de peso e lançamento de varas. “Eu vejo que o esporte é um grande meio social e educativo para esses jovens. Muitos deles estão numa situação de vulnerabilidade e o projeto vem ajudando muito com isso. A gente acompanha o desempenho escolar, conversa com os responsáveis e tem resultados positivos. O projeto é muito bem apoiado na escola”, completa Hiller.
Os trabalhos de atletismo são filiados à Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro e Confederação Brasileira de Atletismo, além de receber apoio da prefeitura municipal. O grupo, agora, busca patrocínio para disputar competições que acontecem em outros Estados. Para isso, são feitas atividades solidárias como rifas e “vaquinha”. “Infelizmente, não temos patrocínio suficiente. A gente batalha bastante junto com a comunidade. Mesmo assim, a gente não desanima. Já competimos em Curitiba, Fortaleza e Brasília.”, ressalta.
Solene Martins, de 15 anos, é aluna do 9º ano do Ensino Fundamental e um dos destaques na modalidade de salto em altura. A aluna é campeã estadual dos Jogos Escolares do Rio de Janeiro e foi prata no lançamento de dardo do Campeonato Brasileiro Sub-16. O sonho vai além dos muros da escola. “Esse projeto significa muito para mim. Meu rendimento escolar melhorou muito depois da entrada do esporte. Agora, luto para conseguir uma bolsa de estudos nos Estados Unidos por intermédio do esporte. Estou bem confiante”, destaca a atleta.
Hiller conta, emocionado, a satisfação de ver os jovens desenvolvendo o potencial esportivo. “Eu sou apaixonado pelo que faço. Quando mais novo, sempre organizava times de futebol com meus amigos de bairro. A gente vai se importando com o próximo. Eu fico feliz em saber que meu trabalho contribui para que esses jovens se transformem todos os dias em cidadãos melhores. É uma sensação de dever cumprido”, finaliza o professor.
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