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Colégio Castelo, 60 anos Legado de Evolução

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Foto Paolla Itagiba e arquivo

Paulo Emílio Azevedo, aos 48 anos, se preocupa em valorizar o "belo" em suas múltiplas formas.

Edição 65/2023
Texto: Alysson Nogueira

Foi no espaço educativo do Colégio Castelo que o professor universitário, pós-doutor em Ciências Sociais, escritor, poeta e antropólogo Paulo Emílio Azevedo iniciou sua extensa carreira no universo do conhecimento e das capacidades socioculturais.
Dono de uma intelectualidade aguçada, o macaense é reconhecido mundialmente por seu trabalho com os jovens. “Cheguei ao Castelo com pouco mais de 5 anos e fui até minha adolescência. Desde pequeno, tinha os valores humanísticos alicerçados dentro de casa, onde cumplicidade, companheirismo e amizade eram valorizados. Essas, na verdade, são as questões que me marcam como o profissional que sou hoje”, conta.A conexão com o esporte fez com que o docente se apaixonasse ainda mais pela profissão, que trouxe maior proximidade com o universo que os jovens estão inseridos na atualidade. “Aos 14 anos, eu já fazia parte do time de futebol da escola, atuando como goleiro. E com o avançar da idade, a gente vai percebendo o mundo ao nosso redor. Isso me fez olhar para o próximo com mais cuidado, entender suas limitações, saber competir e entender que a derrota ensina muito ao olhar para nossos adversários”, conta Paulo Emílio, que destaca a celebração entre as pessoas como elemento motivador dos encontros que a escola proporciona. “As Feiras de Matemática, de Ciências, as festas típicas juninas, são locais de encontros. Quando fui docente do Castelo, pude compreender ainda mais o sentido da espiritualidade, o poder que a escola tem de religar as pessoas, sejam elas praticantes ou não de alguma crença”, complementa.Hoje, Paulo Emílio dedica seu tempo coordenando a Cia Gente, uma companhia artística que roda diversas cidades do Brasil com o intuito de fortalecer e divulgar o protagonismo e a valorização da juventude - como o próprio nome indica, uma companhia formada por gente. Sua motivação está no reconhecimento de potências presentes na diversidade e nas possibilidades criativas. Além das apresentações do grupo, “Cia Gente” oferece cursos e oficinas por todo o Brasil, identificando e encontrando nas pessoas potenciais artísticos de expressões. Já no campo da literatura, o escritor já está com seu 21º livro publicado, além de realizar palestras e entrevistas, no Brasil e no exterior.
“O Castelo faz parte da minha história. Fiz muitas amizades, tanto na sala de aula como com os colaboradores. Tive a oportunidade de vivenciar esse acolhimento que é único. A missão de ser um agente transformador na vida das pessoas me proporcionou ensinamentos que o Castelo cultivou e que vou carregar para sempre”, finaliza.